A Prefeitura de Manaus, sob a gestão do prefeito David Almeida (Avante), aumentou em R$ 297,15 milhões os gastos com pessoal no período de 12 meses. O total desembolsado passou de R$ 3,11 bilhões para R$ 3,41 bilhões, um crescimento de 9,5%. Os dados constam nos Relatórios de Gestão Fiscal (RGF) referentes ao segundo quadrimestre de 2024 e de 2025, disponíveis na plataforma do Tesouro Nacional.
Os relatórios do RGF apuram dados com base em períodos móveis de 12 meses, encerrados ao final de cada quadrimestre, e são obrigatoriamente publicados por prefeituras, estados e a União, conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

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De acordo com o documento mais recente, referente ao segundo quadrimestre de 2025, os gastos com o funcionalismo comprometeram 35,87% da receita corrente líquida ajustada (RCLA) do município, que totalizou R$ 9,56 bilhões. A RCLA considera as receitas correntes do Executivo Municipal, excluídas as transferências constitucionais obrigatórias decorrentes de emendas parlamentares individuais.
Esse percentual representa um leve acréscimo em relação ao mesmo período de 2024, quando o comprometimento foi de 35,72%.

Já a receita corrente líquida ajustada declarada pela Prefeitura apresentou um acréscimo de 9,67%, entre 2024 e 2025, passando de R$ 8,72 bilhões para R$ 9,56 milhões.
Comparando dados de 2025
Em relação ao primeiro quadrimestre de 2025, quando o percentual de gastos com pessoal foi de 34,60%, com R$ 3,27 bilhões em despesas declaradas, frente a uma RCLA de R$ 9,47 bilhões, houve uma alta mais expressiva, de 1,27 ponto percentual.
Entre o primeiro e o segundo quadrimestres deste ano, a despesa com pessoal cresceu R$ 137,05 milhões, variação de 4,1%.

Apesar do aumento, os dados indicam que a Prefeitura de Manaus permanece abaixo dos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Para municípios de grande porte, como Manaus, a LRF define três faixas de comprometimento da RCLA com despesa de pessoal: limite de alerta (até 48,60%), limite prudencial (até 51,30%) e limite máximo (54%). Atingir ou ultrapassar essas faixas pode acarretar sanções fiscais e restrições legais à administração municipal.
Foto: Prefeitura de Manaus / divulgação






