Manaus, 16 de setembro de 2024

PF investiga se dependentes químicos tratados em Instituto do Amazonas eram submetidos à condição análoga à escravidão

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 27/2, a Operação Cativos para reprimir crimes de redução a condição análoga a de escravizado no Instituto Resgatando Cativos, localizado na cidade de Itacoatiara, no Amazonas. A instituição acolhe dependentes químicos para reabilitação.

A operação mobilizou 25 Policiais Federais, que cumprem três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da SJAM, em locais estratégicos identificados durante as investigações.

Segundo apurado, os responsáveis pelo instituto destinado à recuperação de dependentes químicos submeteriam os internos a condições degradantes de higiene, sem alimentação adequada, submetendo-os a trabalhos forçados, além de realizarem a exploração da imagem deles em “lives” realizadas por meio das redes sociais com o objetivo de obter engajamento e recursos financeiros de doadores.

Tanto a sede masculina, quanto a feminina do Instituto, foram fiscalizadas pela PF. A casa do pastor Alisson Aguiar, responsável pelo projeto, também foi alvo. Ele teve o celular apreendido na operação e prestou depoimento à Polícia Federal.

A Operação Cativos conta com a participação do Ministério Público do Trabalho, do Ministério do Trabalho e da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania – SEJUSC-AM.

De acordo com a secretária executiva de Direitos Humanos, Gabriella Campezatto, a denúncia indicava que os internos eram submetidos ao trabalho análogo a escravidão, em condições degradantes de higiene, sem alimentação adequada, executando trabalhos forçados, além de não possuir equipes técnicas para o tratamento no local. 

Durante a operação, a Sejusc atuou para averiguar a violação de direitos, com a aplicação de formulários, entrevista com pessoas encontradas no local e encaminhamentos para a rede de proteção.

“No local foi verificado as condições que eles moravam, a forma de habitação. Ao todo, foi verificada a presença de 15 homens e seis mulheres, por meio da aplicação de um formulário institucional e com os adictos, além de acionada a rede de proteção do município para maiores intervenções”, comentou a secretária Gabriella.

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