Manaus, 27 de julho de 2024

Investimento em medicamentos e insumos aumentou 113,25% entre 2018 e 2022 no Amazonas, aponta Transparência

*Da Redação

Os recursos destinados à manutenção da Central de Medicamentos do Amazonas (Cema), órgão do Governo do Estado ligado à Secretaria de Estado da Saúde (SES), apresentaram aumento de 113,25%, entre 2018 e 2022, apontam dados do portal da Transparência do Executivo. Em 2018, durante a gestão do então governador Amazonino Mendes (Cidadania), foram aplicados R$ 114,10 milhões, de janeiro a setembro. Em 2022, durante a o governo de Wilson Lima (União brasil), o valor destinado no mesmo período subiu para R$ 243,33 milhões (até o dia 26/09). A análise considerou apenas os valores efetivamente pagos, incluindo os gastos de exercício anterior, quitados nos respectivos exercícios.

Portal da Transparência/ janeiro a setembro de 2018

Janeiro a setembro de 2022

Conforme dados do Governo do Amazonas, em janeiro de 2019, o percentual de abastecimento da Cema era de 12%. Atualmente, é de 80%. A Cema é um estabelecimento de saúde do tipo farmácia, que abriga programas essenciais, voltados à distribuição/dispensação gratuita de medicamentos para parte da população inscrita em seu sistema, a exemplo do Proeme em Casa. De lá também sai parte dos insumos e drogas utilizadas nas unidades da rede pública de saúde do Estado.

De acordo com o Transparência, que agrega dados públicos de execução orçamentária dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e também do Ministério Público, o aumento na destinação de recursos foi gradativa nos últimos quatro anos. Entre 2018 e 2019, o valor empregado passou de R$ 192,9 milhões (de janeiro a dezembro) para R$203,60 milhões, acréscimo de 5,5%; em 2020, chegou a R$ 265,4 milhões – aumento de 30,36%; em 2021, R$ 377,51 milhões, 42,23% a mais que no ano anterior.

Entre 2020 e 2021, parte do estoque da Cema foi direcionado ao enfrentamento à pandemia da Covid-19, que teve seus picos, no Amazonas, em janeiro do primeiro ano e em março do segundo ano, respectivamente, seguindo o período sazonal, quando há aumento das chuvas na região e, consequentemente, dos casos de síndromes respiratórias agudas (SRAG), que incluem as alterações pulmonares ocasionadas pelo Coronavírus.

Em 2022, ano em que houve elevação significativa de casos de Covid-19 no Amazonas, no primeiro semestre, sem impacto significativo na rede pública, os recursos destinados à compra de medicamentos e insumos corresponderam a R$ 20,03 milhões ao mês. Em 2018, a média mensal foi de R$ 16,07 milhões. A reportagem fez contato com o ex-governador e candidato ao Governo do Amazonas, Amazonino Mendes, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.

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