*Ana Carolina Barbosa – Da Redação
Com 2 milhões de pessoas na linha da pobreza, o Amazonas amargou uma redução nas transferências, via programas sociais federais, de R$ 547,02 milhões, entre janeiro e novembro deste ano, no comparativo com a média dos primeiros 11 meses de 2021. A perda mensal corresponde a R$ 49,72 milhões.
Dados do Portal da Transparência, do Governo Federal, apontam que o governo de Jair Bolsonaro liberou ao Estado, em 2021, R$ 4,12 bilhões em benefícios ao cidadão, uma média de R$ 343,57 milhões ao mês e de R$ 3,77 bilhões em 11 meses. Em 2022, até novembro, as transferências somaram R$3,23 bilhões. O recuo percentual foi de 14,47%.
Os benefícios ao cidadão incluem sete programas. São eles: Auxílio Brasil, Auxílio Emergencial, BPC (Benefício de Prestação Continuada), Bolsa Família, Garantia Safra, Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) e Seguro Defeso. O Garantia Safra e o Peti não registraram transferências, tanto em 2021, quanto em 2022.
Em 2021, considerando o ano inteiro, foram transferidos os seguintes montantes por programa: Auxílio Brasil, R$ 217,6 milhões; Auxílio Emergencial, R$ 1,25 bilhão; BPC, R$ 1,29 bilhão; Seguro Defeso, R$ 336,6 milhões . Naquele ano, o Bolsa Família ainda estava ativo e totalizou transferências que somaram R$ 917,5 milhões.
Em 2022, de janeiro a novembro, foram transferidas as seguintes quantias: Auxílio Brasil, R$ 1,6 bilhão; Auxílio Emergencial, R$ 73,7 milhões; BPC, R$ 1,32 bilhão; Seguro Defeso, R$ 232,2 milhões.
Pobreza
Dados divulgados no último dia 3/12, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que o Amazonas atingiu, em 2021, a marca de dois milhões de habitantes na linha da pobreza, número 44,5% maior que em 2020.
O IBGE considera pobres aquelas pessoas que vivem com cerca de R$486/mês. Só em Manaus, o número de pessoas nessa condição passou de 30,5% para 38,6%, incluindo mais 192 mil pessoas no contexto da vulnerabilidade social. Os principais fatores a contribuírem com o aumento da pobreza foram a pandemia da Covid-19 e o desemprego.