*Ana Carolina Barbosa – Da Redação
Os três senadores pelo Amazonas registraram, de janeiro a novembro deste ano, R$ 1,26 milhão em gastos a partir da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap), conhecida popularmente como ‘Cotão’, e com serviços de manutenção dos mandatos, não inclusos no benefício. O valor seria suficiente para pagar, por exemplo, 2,1 mil parcelas do auxílio emergencial, que atualmente é de R$ 600.
De acordo com o portal da Transparência do Senado Federal, os gastos a partir do Cotão, nos 11 primeiros meses deste ano, correspondem a 95% do que foi utilizado através do benefício, durante todo o ano passado.
A média mensal, em 2021, considerando os três senadores, foi de R$ 110.413. Em 2022, ano eleitoral, passou para R$ 114.671. Uma curiosidade é que, dos gatos não inclusos no cotão, que somaram R$ 96 mil, cerca de R$ 79 mil foram destinados a serviços de Correios, para o envio de materiais impressos, o equivalente a 82,2%.
Campeão de gastos
O senador campeão de gastos, até agora, é Omar Aziz (PSD), que foi reeleito no último pleito, ocorrido em outubro, para um novo mandato de oito anos. Ele utilizou R$ 490,5 mil.
Em segundo lugar está o senador Eduardo Braga (MDB), que concorreu ao cargo de governador pelo Amazonas, mas foi derrotado no segundo turno. O parlamentar registrou despesas de R$ 404 mil a partir do Cotão e de serviços não inclusos na verba destinada através do benefício.
Plínio Valério (PSDB), somou R$ 366,8 mil em gastos. Os dados são públicos e estão disponíveis para pesquisa para qualquer cidadão.
A Ceap foi instituída pelo Ato da Comissão Diretora nº 3/2003 e regulamentada pelo Ato do primeiro-secretário nº5/2014 , como verba pública destinada a ressarcir valores aplicados em despesas relacionadas à atividade parlamentar, como diárias, passagens, publicidade, etc. O valor da cota varia de estado para estado por causa das diferentes distâncias de Brasília para cada estado do Brasil.