David Almeida (Avante) foi reeleito prefeito de Manaus, em segundo turno, neste domingo, 27, com 54,59% dos votos. O deputado federal Alberto Neto (PL) obteve 45,41% dos votos, em uma das eleições mais acirradas na capital amazonense.
De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Almeida recebeu 576.171 votos e Alberto Neto, 479.297. A diferença foi de 96.874 votos entre o candidato eleito e o segundo colocado, ou, 9,18 pontos percentuais.
Almeida tem como vice na chapa o ex-secretário de Infraestrutura do município, Renato Júnior.
Compareceram às urnas 1.107.870 eleitores. Desses, foram considerados votos válidos 1.065.468.
No comparativo com o primeiro turno, quando David Almeida recebeu 354.596 votos, ele obteve 221.575 votos a mais, e Alberto Neto, 204.234 a mais no segundo do turno. No primeiro turno ele recebeu 275.063.
O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) informou que a eleição em Manaus ocorreu de forma tranquila, apesar de alguns registros de compra de votos, feitos por órgãos de segurança e que serão apurados posteriormente.
Seis urnas apresentaram problemas e foram substituídas ao longo da votação, que na capital, teve início às 7h e foi concluída às 16h, em 3.921 seções.
*Abstenções*
As abstenções somaram 338.252, o equivalente a 23,39%. Brancos foram 22.161 e nulos 30.241, 2% e 2,73%, respectivamente.
O pleito ocorreu após uma campanha permeada de acusações e com muitos direitos de respostas de ambos os lados.
O resultado do segundo turno acompanhou a previsão de grande parte das pesquisas de intenção de votos. Entre elas, a Quaest, divulgada na véspera da votação, é que apontava David Almeida na frente de Alberto Neto. Apesar disso, o cenário ainda se mostrava indefinido, uma vez que a diferença entre os candidatos era estreita e levava a um empate técnico, considerando a margem de erro de 3%.
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O percentual de abstenção também chamou a atenção. A eleição ocorreu dentro de um feriado prolongado, que teve início no último dia 24, aniversário de Manaus, e termina na segunda-feira, Dia do Servidos Público, com o retorno das atividades do funcionalismo público na terça-feira, 29, o que levou parte da população a sair da cidade durante o período.
A Justiça Eleitoral informou com antecedência que não seria possível o voto em trânsito nos municípios que passariam por segundo turno.