Wilson Carlos Braga Reis, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Amazonas (Sinjor-AM), teve a prestação de contas de 2023 reprovada em assembleia-geral ocorrida dia 29 de abril, de forma híbrida, por 11 votos contra sete. Com a decisão, o sindicalista, que está no cargo há mais de uma década, fica inelegível.
Para tentar reverter o quadro, Reis busca anular a assembleia e convocou uma nova para esta terça-feira, 4 de junho, às 19h, na sede da entidade de classe (Praça Santos Dumont, 15, no Centro da cidade), o que, de acordo com profissionais consultados pela reportagem, ignora os procedimentos estatutários necessários.
De acordo com jornalistas que participaram da última assembleia, a qual aconteceu de forma presencial e virtual, as irregularidades nas contas de 2023 incluem doações não contabilizadas, falta de documentos fiscais, além de débitos sem identificação, o comprometendo a transparência da gestão.
No dia da reprovação, a contadora Rosana Valério admitiu irregularidades no balanço financeiro. Paula Litaiff, vice-presidente do Sinjor-AM, também apontou a falta de transparência e o acesso negado a documentos fiscais.
Reis pretende anular a decisão da assembleia-geral, considerada soberana pelo estatuto do sindicato, em uma nova reunião convocada sem respeitar os prazos e procedimentos legais.
Paula Litaiff, eleita vice-presidente em dezembro passado para o período de 2023–2026, diz que aceitou a posição com a promessa de uma gestão conjunta e transparente, o que não vem ocorrendo, uma vez que ela teve o pedido de acesso a documentos fiscais do sindicato, negado verbalmente e por documentos extrajudiciais em fevereiro e abril de 2024.
Durante a assembleia de reprovação das contas, a contadora Rosana Valério apresentou o Balanço Patrimonial e Financeiro, admitindo irregularidades. A maioria dos jornalistas presentes votou pela reprovação das contas de Reis.
A reportagem solicitou nota ai presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amazonas e aguarda retorno .
Veja a ata da assembleia aqui!