Após descobrir que foi espionado por Abin paralela, Omar Aziz afirma que sofreu perseguição durante governo Bolsonaro

O senador pelo Amazonas, Omar Aziz (PSD), teve o nome citado na lista de autoridades e políticos espionados através do que ficou conhecida como Abin Paralela. Trata-se do uso da Agência Brasileira de Inteligência, de forma ilegal, para perseguir e investigar políticos e autoridades durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e cujos envolvidos foram alvo, nesta quinta-feira, 11, de operação desencadeada pela Polícia Federal. A lista com os nomes foi divulgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Na 4ª fase da Operação Última Milha, desencadeada hoje, o objetivo foi desarticular organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante a gestão de Jair Bolsonaro. A Agência era comandada, à época, por Alexandre Ramagem, atual deputado federal.

Policiais federais cumpriram cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nas cidades de Brasília/DF, Curitiba/PR, Juiz de Fora/MG, Salvador/BA e São Paulo/SP.

Nesta fase, segundo a PF, as investigações revelaram que membros dos três poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas. A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

Entre as autoridades espionadas, estão o ministro do STF, Alexandre de Moraes, o deputado e presidente da Câmara, Arthur Lira, o ex-governador de São Paulo, João Dória e o senador Omar Aziz, opositor de Bolsonaro no Senado.

Veja a nota emitida pelo senador Omar Aziz nesta quinta-feira:

Fui informado hoje que meu nome estava na lista das pessoas monitoradas pela Abin sob ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro. Lista essa tornada pública ontem pelo STF, que mandou prender parte do grupo responsável pelas investigação ilegal. Foram quatro anos de perseguição, averiguação e análise da minha vida sem nada encontrarem. Porque não devo nada!

Uma mostra de que eu caminho do lado correto da história, dos que defendem a democracia e lutam pelo seu povo, apesar das adversidades.

Tive a vida devassada, fui acusado e atacado. E permaneci de cabeça em pé enfrentando os detratores e lutando por um Brasil e por um Amazonas melhor. Assim permanecerei.

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