Obras emergenciais nas áreas onde desabaram duas pontes na BR-319, que liga o Amazonas a Rondônia, tiveram início, e técnicos do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) avaliam os locais. O acesso por terra continua bloqueado, isolando Amazonas e Roraima, ambos na Amazônia Legal, do restante do País por via terrestre.
No caso da ponte sobre o rio Curuçá, próximo ao município de Careiro Castanho, no Amazonas, a travessia ocorre por balsas pagas e o Governo do Amazonas estuda a assinatura de um convênio junto ao Governo Federal, para a recuperação da estrutura na rodovia federal. A hipótese de instalação de uma estrutura metálica com o suporte do exército foi descartada.
Já a estrutura que colapsou sobre o rio Autaz Mirim, recebeu, nos últimos dias, tubulações de grande porte que serão utilizadas para a passagem da água, já que a equipe de engenharia trabalha em um acesso por terra com aterramento.
A Prefeitura de Careiro informou que irá desapropriar uma área próxima à ponte, para auxiliar na obra.
A ponte cedeu no último dia 8, após ter sido interditada pela Superintendência do Dnit no Amazonas, por apresentar problemas estruturais. O desabamento ocorreu menos de duas semanas depois da queda da primeira ponte, que deixou cinco mortos.
Levantamento feito no portal da Transparência mostra que o o Dnit mantinha contrato, sem licitação, com uma empresa para a manutenção do trecho. O valor era de R$32 milhões, dos quais R$ 31 milhões, já haviam sido pagos à A G O Engenharia, com sede no Paraná. Mas, o contrato cobria apenas a estrada, segundo o Departamento, não estruturas como as pontes. O Ministério Público Federal (MPF) investiga o ocorrido e solicitou informações ao órgão responsável.