Presença de mulheres na área de tecnologia aumenta apesar dos desafios

A participação das mulheres na tecnologia cresceu 60% no Brasil nos últimos cinco anos, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Por outro lado, um levantamento divulgado pela Forbes confirmou a área como a mais desigual em relação aos rendimentos, com disparidade salarial de 36% entre homens e mulheres no nível de executivos de empresas.

O centro de tecnologia e inovação FPFtech é uma das empresas que buscam a igualdade de gênero na área, com 50% dos times de liderança integrados por mulheres, além de equidade salarial.

Na avaliação da Diretora de Tecnologia da FPFtech, Andréia Vieira, há uma boa representatividade feminina na empresa e respeito pelas mulheres, mas em geral o cenário não é tão favorável.

“Na FPFtech não há distinção de gênero para atuar em posições técnicas e estratégicas, o que é levado em consideração é a competência da pessoa. Eu me sinto privilegiada em atuar em uma empresa com esse mindset, pois, apesar de esse quadro estar mudando, ainda não é a realidade da maioria da empresas”, ressaltou.

Graduada em Ciência da Computação, pós-graduada em Gestão de Processos de Software e com mestrado em Engenharia de Produção, Andréia Vieira iniciou na FPFtech como estagiária, em 2003. Ao longo da trajetória na empresa, ela passou pela área técnica, de gestão até chegar ao cargo de direção.

“Foi muito estimulante perceber meu crescimento na empresa a cada nova oportunidade. Novos desafios foram surgindo, e atuar com diferentes tipos de projetos, clientes e tecnologias é um diferencial”, disse.

Qualificação profissional

Além de garantir a igualdade nos cargos de gestão e equidade salarial, a FPFtech também busca qualificar o público feminino para a Indústria 4.0 por meio da Escola Tecnológica etech, onde metade dos alunos são mulheres.

“O que temos percebido hoje é a conquista das mulheres em todas as áreas. Não vemos mais tanto o preconceito ou a característica de que determinada área é mais para homens, e isso nós observamos também na busca por qualificação técnica das mulheres nos cursos de automação, engenharia e informática”, afirmou a diretora da etech, Nancy Cavalcante.

A diretora lembrou que há alguns anos, as turmas de cursos na área de tecnologia eram formadas 90% por homens, mas atualmente esse cenário mudou.  “As turmas têm ficado bem mais equilibradas entre homens e mulheres”, disse.

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