O governador do Amazonas, Wilson Lima (União) e outros seis governadores participaram, neste domingo, 6/04, de uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), a favor da anistia dos envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro. O evento foi organizado por lideranças de direita encabeçadas pelo ex-presidente da República , Jair Bolsonaro (PL).
Além de Lima, participaram do ato na Paulista os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); Santa Catarina, Jorginho Mello (PL); o de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); Ronaldo Caiado (União), de Goiás; Ratinho Júnior (PSD), do Paraná; e Mauro Mendes (União), de Mato Grosso.
Wilson Lima havia informado , na última sexta-feira, 4, que participaria do ato a favor da anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, data da diplomação do então candidato eleito à Presidência da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT).
8 de janeiro
Na ocasião, manifestantes pró Bolsonaro se reuniram na Esplanada dos Ministérios e parte deles invadiu prédios dos três poderes, para cometer depredações e atos de vandalismo contra o patrimônio público. Os radicais afirmavam ser contra a eleição de Lula. Muitos pediam intervenção militar para impedir a posse do presidente eleito. Entre as alegações, estava a de que o sistema eleitoral do Brasil não era confiável e poderia ser passível de fraude, tese que foi fortalecida por Bolsonaro e aliados antes do período do pleito de 2022.
As instalações do Supremo Tribunal Federal, assim como prédios do Governo Federal, foram os mais afetados com as ações de vandalismo dos extremistas nos atos antidemocráticos.
Condenações
Dois anos após os ataques golpistas de 8 de janeiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou 371 pessoas das mais de duas mil investigadas por participar dos atentados aos prédios dos três Poderes. Outras 527 admitiram a prática de crimes menos graves e fizeram acordo com o Ministério Público Federal (MPF), totalizando 898 envolvidos responsabilizados até o momento. As penas variam de três anos a 17 anos e três meses de prisão pelos crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público.
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Bolsonaro réu
O procurador-Geral da República , Paulo Gonet , ofereceu ao Supremo Tribunal Federal (STF), denúncia contra 34 pessoas acusadas de estimular e realizar atos contra os Três Poderes e contra o Estado Democrático de Direito. Os fatos foram divididos em cinco peças acusatórias, cada uma delas relativa a um núcleo da trama golpista. Entre os denunciados, estão Jair Bolsonaro e aliados que ocuparam cargos de confiança durante seu governo.
No último dia 26 de março, a 1ª Turma do STF tornou Bolsonaro e os demais denunciados, réus pelos crimes de golpe de Estado e tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito.
