Três mortos e 14 feridos são confirmados em desabamento de ponte na BR-319; há desaparecidos no local

Três pessoas morreram e14 ficaram feridas durante o desabamento, nesta quarta-feira, 28, de uma ponte sobre o rio Curuça, no KM 24 da BR-319, rodovia federal que liga Manaus (AM) a Porto Velho (Rondônia). Há desaparecidos e o Corpo de Bobeiros, além da Polícia Rodoviária Federal (PRF), estão no local atuando nos resgates. A área foi isolada. O colapso da estrutura deixa Amazonas e Roraima, estados da Amazônia Legal, isolados do restante do País por via terrestre.

O acidente ocorreu na manhã desta quarta-feira, após a PRF interditar parcialmente a estrutura, que apresentava sinais de desgaste. Apenas carros de passeio estavam liberados para passar pela estrutura. Segundo moradores da área, trata-se de uma tragédia anunciada, já que a ponta vinha apresentando problemas estruturais há vários meses.

Pelo menos 12 veículos caíram com o desabamento. Os corpos resgatados estão sendo encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) em Manaus, cidade que está a 96 quilômetros do local do incidente. Entre as vítimas fatais identificadas estão Maria Viana Carneiro, 66, servidora aposentada da Casa Civil da Prefeitura de Manaus, e o dentista Rômulo Augusto de Morais aPereira. A outra vítima não foi identificada até o momento.

Os 14 feridos foram atendidos no Hospital e Pronto Socorro Platão Araújo, Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto e no Hospital Regional de Careiro Castanho, município próximo ao local do colapso.

A BR-319 tem sido tema de inúmeras promessas eleitorais ao longo dos últimos 20 anos, período em que seu trecho central, encontra-se praticamente intrafegável, dificultando o acesso ao Amazonas e a Roraima, estado localizado no extremo Norte do País, na tríplice fronteira Brasil, Venezuela, Guiana.

De responsabilidade do Governo Federal, a estrada depende de uma série de estudos de impacto ambiental para ter as obras de recuperação iniciadas.

Uma reportagem divulgada pelo portal UOL, há dois dias, mostra que, mesmo sem as licenças necessárias, parte das obras de recuperação do trecho do meio tiveram início recentemente.

O anúncio das obras de pavimentação e recuperação da estrada, feito há cerca de dois meses, pelo presidente Jair Bolsonaro, que é candidato à reeleição, causou reações de organizações ligadas ao meio ambiente e de embientalistas que temem a devastação ambiental iminente associada à obra e à possível falta de fiscalização posteriormente, para inibir crimes ambientais ao longo do trecho.

Na manhã de hoje, o governador do Amazonas, Wilson Lima (União  Brasil), informou que órgãos do Executivo estão prestando apoio nas buscas. Ele colocou a estrutura do Estado à disposição do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Um Comitê de Resposta Rápida também foi criado para auxiliar nas questões técnicas, e tem a participação de membros da Defesa Civil e de mergulhadores 

Foram destacados para o local do acidente 60 agentes de segurança pública da SSP-AM, entre Polícia Militar (PMAM), Polícia Civil (PC-AM), Corpo de Bombeiros do Amazonas (CBMAM), Defesa Civil e Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM).

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