Manaus, 23 de setembro de 2023

Sinésio Campos diz que tudo bem venezuelanos comerem ratos, desde que vacinados

O deputado estadual pelo Amazonas, Sinésio Campos (PT), disse que tudo bem comer ratos, desde que eles estejam vacinados, pois assim, não transmitem leptospirose, doença que pode ser letal ao ser humano. A afirmação do parlamentar se deu após um colega de plenário, o deputado estadual Mário César Filho (União Brasil), criticar discurso favorável do presidente Lula, ao governo de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. Segundo Mário Filho, a crise no país vizinho tem levado venezuelanos a comerem até ratos para não passarem fome.

“Estudei zootecnia. E rato, se foi vacinado, ele não tem leptospirose porque leptospirose mata, é letal. Então, se ele está comendo rato eu tenho certeza que não tem ninguém vivo. Por isso, defendo a vacina para todos”, disse Campos, em sessão plenária na última quarta-feira, ironizando a crise humanitária.

Em visita recente ao Brasil, para participar da cúpula dos presidentes de países da América do Sul, Mauro foi recebido por Lula. O presidente brasileiro afirmou, na ocasião, que alguns países, como os Estados Unidos, por exemplo, construíram uma narrativa negativa sobre a gestão de Maduro e que o governo do colega é sim uma democracia.

O discurso foi criticado por vários presidentes de países da América do Sul, que consideraram as afirmações uma incoerência, já que Maduro está no poder desde 2013 e as últimas eleições presidenciais na Venezuela foram consideradas por vários líderes mundiais como fraudadas.

Além disso, o povo venezuelano tem enfrentado uma crise econômica e humanitária sem precedentes, com a violação dos direitos humanos e migração em massa passa países vizinhos. A imigração venezuelana tem aumentando nos últimos anos, acompanhando a decadência de serviços básicos e o aumento da fome no país.

Refugiados

Dados da Acnur, a Agência de Refugiados da ONU (Organização das Nações Unidas), apontam mais de 7,2 milhões de refugiados venezuelanos espalhados pelo mundo, que deixaram o país desde 2028, sendo 6,09 milhões só na América Latina.

Desses, 426 mil deram entrada no Brasil por fronteiras como a estabelecida em Santa Elena de Uairén (capital de Gran Dabana, Venezuela) e Pacaraima, município de Roraima. A projeção foi atualizada em março deste ano.

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