Manaus, 28 de março de 2024

Saúde: Prefeitura de Manaus deixa 604 mil pessoas de fora da cobertura da Atenção Primária, aponta MS

*Ana Carolina Barbosa – Da Redação

Manaus tem a 16ª pior cobertura de Atenção Básica entre as 26 capitais estaduais e a capital federal do País, segundo dados do e-gestor, sistema de informações da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, vinculada ao Ministério da Saúde (MS). O ranking, traçado pelo portal Amazônia Plural, mostra, ainda, que 604.230 pessoas ficam de fora da bolha assistencial, uma vez que a abrangência da Prefeitura de Manaus, na gestão do prefeito David Almeida, inclui apenas 1.651.673 pessoas (73,21%), de uma população estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2.255.903 habitantes. As informações são de agosto de 2022, última atualização do sistema.

Ainda segundo o e-gestor, a capital com a pior cobertura é Macapá (AP), com 26,31%. A maior cobertura, de acordo com o sistema, é a de Belo Horizonte (MG), única capital que abrange 100% da população.

A atenção básica, também conhecida como atenção primária, é de responsabilidade do município e é a porta de entrada do usuário do SUS (Sistema Único da Saúde). Trata-se do atendimento inicial, a partir do qual, muitas vezes, há um encaminhamento para as atenções secundária e terciária (média e alta complexidade).

O Ministério da Saúde recomenda, em áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco e vulnerabilidade social, a cobertura de 100% da população com número máximo de 750 pessoas por agente comunitário de saúde.

A cobertura da atenção básica no Amazonas tem o percentual idêntico ao da cobertura no Brasil como um todo. Segundo o e-gestor, 73,21% da população (156,188 milhões de habitantes) são incluídos na assistência primária e 57,129 milhões ficam de fora dessa bolha.

No caso da capital amazonense, quando se trata da Estratégia Saúde da Família (ESF), a cobertura é ainda menor: 1.332.453, deixando de fora 923.450 pessoas.

Segundo o MS, a Estratégia Saúde da Família (ESF) visa a expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade.

O Amazônia Plural enviou questionamentos à Prefeitura de Manaus, na última terça-feira, 20, sobre as políticas públicas previstas para ampliar a cobertura na assistência primária, mas não recebeu retorno até esta quarta-feira, 21.

Veja o ranking das capitais

  1. Belo Horizonte: 100%
  2. Palmas: 96,11%
  3. Teresina: 94,11%
  4. Aracajú: 89,95%
  5. Fortaleza: 88,99%
  6. Florianópolis: 86,13%
  7. João Pessoa: 78,01%
  8. Cuiabá: 76,07%
  9. Vitória: 76,04%
  10. Curitiba:  76%
  11. Rio de Janeiro: 75,29%
  12. Manaus: 73,21%
  13. Boa Vista: 72,45%
  14. Campo Grande: 66,68%
  15. Rio Branco: 63,56%
  16. Brasília: 61,19%
  17. Porto Alegre: 61,15%
  18. Porto Velho: 59,9%
  19. Salvador: 53,99%
  20. São Luís: 50,47%
  21. Natal: 47,81%
  22. Recife: 47,21%
  23. Goiânia: 46,44%
  24. São Paulo: 43,51%
  25. Belém: 31,96%
  26. Maceió: 30,11%
  27. Macapá:26,31%

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