*Ana Carolina Barbosa – Da Redação
Manaus tem a 16ª pior cobertura de Atenção Básica entre as 26 capitais estaduais e a capital federal do País, segundo dados do e-gestor, sistema de informações da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, vinculada ao Ministério da Saúde (MS). O ranking, traçado pelo portal Amazônia Plural, mostra, ainda, que 604.230 pessoas ficam de fora da bolha assistencial, uma vez que a abrangência da Prefeitura de Manaus, na gestão do prefeito David Almeida, inclui apenas 1.651.673 pessoas (73,21%), de uma população estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2.255.903 habitantes. As informações são de agosto de 2022, última atualização do sistema.
Ainda segundo o e-gestor, a capital com a pior cobertura é Macapá (AP), com 26,31%. A maior cobertura, de acordo com o sistema, é a de Belo Horizonte (MG), única capital que abrange 100% da população.
A atenção básica, também conhecida como atenção primária, é de responsabilidade do município e é a porta de entrada do usuário do SUS (Sistema Único da Saúde). Trata-se do atendimento inicial, a partir do qual, muitas vezes, há um encaminhamento para as atenções secundária e terciária (média e alta complexidade).
O Ministério da Saúde recomenda, em áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco e vulnerabilidade social, a cobertura de 100% da população com número máximo de 750 pessoas por agente comunitário de saúde.
A cobertura da atenção básica no Amazonas tem o percentual idêntico ao da cobertura no Brasil como um todo. Segundo o e-gestor, 73,21% da população (156,188 milhões de habitantes) são incluídos na assistência primária e 57,129 milhões ficam de fora dessa bolha.
No caso da capital amazonense, quando se trata da Estratégia Saúde da Família (ESF), a cobertura é ainda menor: 1.332.453, deixando de fora 923.450 pessoas.
Segundo o MS, a Estratégia Saúde da Família (ESF) visa a expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade.
O Amazônia Plural enviou questionamentos à Prefeitura de Manaus, na última terça-feira, 20, sobre as políticas públicas previstas para ampliar a cobertura na assistência primária, mas não recebeu retorno até esta quarta-feira, 21.
Veja o ranking das capitais
- Belo Horizonte: 100%
- Palmas: 96,11%
- Teresina: 94,11%
- Aracajú: 89,95%
- Fortaleza: 88,99%
- Florianópolis: 86,13%
- João Pessoa: 78,01%
- Cuiabá: 76,07%
- Vitória: 76,04%
- Curitiba: 76%
- Rio de Janeiro: 75,29%
- Manaus: 73,21%
- Boa Vista: 72,45%
- Campo Grande: 66,68%
- Rio Branco: 63,56%
- Brasília: 61,19%
- Porto Alegre: 61,15%
- Porto Velho: 59,9%
- Salvador: 53,99%
- São Luís: 50,47%
- Natal: 47,81%
- Recife: 47,21%
- Goiânia: 46,44%
- São Paulo: 43,51%
- Belém: 31,96%
- Maceió: 30,11%
- Macapá:26,31%