Rondônia lidera aumento de casos de violência sexual infantil na Amazônia; Amazonas cresce 184% em três anos

Rondônia registrou o maior aumento percentual de casos de violência sexual contra crianças e adolescentes na Amazônia Legal, enquanto o Amazonas apresentou crescimento de 184% entre 2021 e 2023. No Amazonas, o número de ocorrências saltou de 321 para 914 no período, segundo o estudo “Violência contra crianças e adolescentes na Amazônia”, divulgado nesta quinta-feira (14), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Segundo o estudo, apesar do aumento, a taxa no Amazonas, em 2023, de 63,3 casos por 100 mil jovens, ainda ficou abaixo da média nacional de 116,4 casos.

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O levantamento, baseado em dados das Secretarias Estaduais de Segurança Pública, mostra que a alta foi registrada em quase todas as faixas etárias, com destaque para as crianças mais novas. No grupo de 0 a 4 anos, os casos no Amazonas cresceram de 34 para 80, aumento de 135%. Entre crianças de 5 a 9 anos, o avanço foi de 75 para 215 casos, alta de 186,6%.

A faixa de 10 a 14 anos, que concentra a maior parte das vítimas, teve alta de 206,7%, saltando de 163 para 500 ocorrências. Já entre adolescentes de 15 a 19 anos, o número passou de 49 para 119, um aumento de 142,8%.

Apesar do crescimento expressivo, a taxa de violência sexual no Amazonas em 2023 (63,3 casos por 100 mil crianças e adolescentes) ficou abaixo da média nacional de 116,4. Na Amazônia Legal, apenas Amazonas e Maranhão ficaram fora da lista dos dez estados com as maiores taxas. Rondônia lidera com 234,2 casos por 100 mil, seguida por Roraima (228,7) e Mato Grosso (188,0).

Entre as capitais da região, Porto Velho (RO) apresentou a maior taxa, com 259,3 casos por 100 mil crianças e adolescentes, seguida de Boa Vista (RR), com 240,4, e Cuiabá (MT), com 184,5. As menores taxas foram registradas em São Luís (MA), com 81,2, e Manaus (AM), com 101,2.

O estudo registra que o número de casos no Amazonas subiu de 321 em 2021 para 914 em 2023. O crescimento foi verificado em quase todas as faixas etárias:

  • 0 a 4 anos: de 34 para 80 casos (+135%)
  • 5 a 9 anos: de 75 para 215 casos (+186,6%)
  • 10 a 14 anos: de 163 para 500 casos (+206,7%)
  • 15 a 19 anos: de 49 para 119 casos (+142,8%)

Contexto regional e nacional ampliado:

Na Amazônia Legal como um todo, a taxa de violência sexual infantil foi de 141,3 casos por 100 mil jovens, o que representa um incremento de 21,4% acima da média nacional.

Além disso, destaca-se que a região abriga seis entre os dez estados com as maiores taxas do país — liderados por Rondônia (234,2), Roraima (228,7) e Mato Grosso (188,0).

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