Mortalidade infantil aumenta quase 23% em Manaus na gestão de David Almeida; número de óbitos já chega a 1.821

A mortalidade infantil em Manaus apresentou aumento de 22,8%, em quase quatro anos, passando de 12,8 óbitos para cada mil nascidos vivos, em 2020 – último ano do mandato do ex-prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) – , para 15,6 mortes para a mesma proporção de nascidos, em 2024 – último ano do primeiro mandado do prefeito reeleito David Almeida (Avante). O número está 56% acima do que recomenda a OMS (Organização Mundial da Saúde). As informações são fruto do cruzamento de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da FVS (Fundação de Vigilância em Saúde Rosemary Costa Pinto), vinculada ao Governo do Amazonas.

Em números reais, foram contabilizados, em 2024 (em uma parcial), 354 mortes. Entre 2021 e 2024, foram 1.821, aponta a FVS, unidade da Secretaria de Estado da Saúde.

A mortalidade infantil considera os óbitos de crianças antes de completarem um ano de vida. Trata-se de um importante indicador social para avaliar a qualidade da saúde e de serviços públicos como saneamento básico em uma localidade. Ou seja: quanto maior o indicador, pior a qualidade de vida e saúde mais precária.

O gráfico disponível na plataforma virtual do IBGE aponta uma queda significativa, entre 2019 e 2020 – gestão Artur Virgílio -, de 7,2%, nas mortes, passando de 13,8 para 12,8 óbitos para cada mil nascidos vivos. No ano seguinte, primeiro ano do mandato de David Almeida, o indicador passou para 13,2, aumento de 3,1%.

Apesar de a expectativa da gestão de Almeida ser de uma redução, em quatro anos de gestão, de 10% na mortalidade infantil, o que se observou, nos anos seguintes, foi um aumento gradativo, passando para 13,6, em 2022, e para 15,2, em 2023, até chegar aos atuais 15,6 óbitos para cada mil nascidos vivos, em 2024, dado parcial que pode sofrer alterações, uma vez que o ano de 2024 ainda não terminou. A última atualização da FVS para o dado de 2024 ocorreu em 30 de outubro. A OMS recomenda o máximo de dez mortes para cada mil nascidos vivos.

Saúde Básica

O indicador de mortalidade infantil reflete, entre outros aspectos, a qualidade dos serviço de saúde e políticas sociais. Em Manaus, no que diz respeito à atenção primária, os dados mais recentes do Ministério da Saúde (MS), atualizados em abril deste ano, mostram que estão cadastrados na Saúde da Família, 1.474.916, deixando de fora 588.773 pessoas, considerando uma população de 2.063.689 habitantes.

Já o total de cadastrados para a saúde básica soma 1.848.375, excluindo 215.314 pessoas. O e-gestor, do Ministério da Saúde mostra que mais de 10% da população de Manaus fica fora da cobertura da saúde básica.

O Amazônia Plural acionou a Prefeitura de Manaus, através da Semcom (Secretaria Municipal de Comunicação), solicitando informações sobre políticas públicas previstas para a redução da mortalidade infantil, no seu segundo mandato, e aguarda retorno.

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