A Polícia Federal fechou seis garimpos ilegais na Terra Indígena Kayapó, na última segunda-feira (12/6). A operação, de combate a crimes ambientais e de extração ilegal de minérios, teve participação do Ministério Público Federal, Funai e Ibama, com apoio aéreo do Comando de Aviação Operacional (CAOP) da Polícia Federal.
Duas equipes realizaram diligências em áreas de garimpo dentro da Terra Indígena e inutilizaram máquinas, motores e estruturas de apoio.
Foram inutilizadas seis escavadeiras hidráulicas (conhecidas na região como “PC”), sete motores estacionários, uma caminhonete, seis mil litros de diesel, três motocicletas e cinco estruturas de apoio. O prejuízo aos infratores supera R$ 3,5 milhões.
A operação faz parte das ações de combate aos crimes nas terras indígenas em cumprimento à decisão do STF na ADPF 709/2020, uma ação que a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) propôs, em agosto de 2020, pedindo medidas de proteção às comunidades indígenas, para conter o avanço do crime nos territórios indígenas.
No domingo (11/06), a Polícia Federal fez incursão na Terra Indígena Apyterewa, também em conjunto com o MPF, Funai e Ibama, para atestar a inatividade dos garimpos e colher elementos para subsidiar ações de combate à grilagem de terras e desmatamento na região.
A inatividade dos garimpos na terra indígena havia sido verificada previamente por imagens de satélite e foi comprovada no sobrevoo realizado no último domingo.
Diversas operações realizadas pela Polícia Federal ao longo dos anos conseguiram, aos poucos, desestimular a atuação dos infratores, cujas atividades ilícitas resultaram em um enorme impacto ambiental para a terra indígena e seus ocupantes.
As ações de monitoramento e combate à focos de garimpo continuarão por parte da Polícia Federal e demais órgãos de fiscalização.