Manaus, 18 de setembro de 2024

Padre é preso em Coari acusado de crimes sexuais

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari (a 363 quilômetros de Manaus), deflagrou no domingo (18/08), uma operação de combate à pedofilia e cumpriu mandados de busca e apreensão e prisão preventiva contra o padre Paulo Araújo da Silva, 31, que estava sendo investigado pela prática dos crimes de filmar e produzir cenas de sexo explícito com adolescente, exploração sexual, aborto e ameaça.

As investigações iniciaram em setembro de 2023, após denúncias anônimas, recebidas pelo Disque 100, dos Direitos Humanos, sendo identificado que uma adolescente, de 17 anos, estava sofrendo vários tipos de crimes, envolvendo estupro, gravação de vídeos sexuais, aborto, ameaça e violência doméstica.

O delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, destacou que o religioso, que atuava na paróquia local, é investigado por crimes graves contra uma adolescente.

“Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão, sendo apreendidos diversos materiais que serão analisados. A Igreja Católica colaborou com as investigações. A polícia solicita que outras possíveis vítimas procurem a delegacia para registrar suas denúncias”, salientou Torres.

Conforme o delegado José Barradas, da DIP de Coari, as investigações tiveram início após denúncias anônimas e foi identificado que a adolescente estava sofrendo diversos tipos de crimes. Quando ela foi levada à delegacia para prestar depoimento, relatou que, desde os 14 anos, mantinha relações sexuais com o padre, e que chegou a engravidar dele. O padre a obrigou a abortar.

“Nesse contexto, entra a participação de Francisco Rayner Barros Batista, de 34 anos, que está foragido. Ele é amigo do infrator e foi o responsável por fornecer à adolescente um medicamento chamado Misoprostol, que ela ingeriu e resultou no aborto. O feto foi expelido no quintal da casa de Francisco Rayner e enterrado no local. Isso foi confirmado tanto por fotos quanto pelo depoimento da vítima”, explicou o delegado.

Segundo Barradas, a adolescente também estava sofrendo muita violência psicológica, tendo em vista que o padre obrigava ela a manter relações sexuais com ele e fazia constantes ameaças caso ela não continuasse, dizendo que “iria acabar com a vida dela, pois ela era sua e de mais ninguém”. Com base nos elementos colhidos, foi representada à Justiça pelo mandado de busca e apreensão e preventiva dos envolvidos.

Prisão

Durante a prisão do padre na paróquia, os investigadores encontraram ele na cama com uma jovem que tinha acabado de completar 18 anos, o que significa que ele mantinha relações com essa jovem desde quando era menor de idade.

“Foram apreendidos mais de R$ 30 mil em espécie no quarto dele, além de mais de 260 vídeos de cenas de sexo com adolescentes e com outras pessoas. Todo o material vai ser analisado pela perícia, juntamente com o notebook dele”, relatou o delegado.

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A autoridade policial destacou que as investigações continuarão, pois pode haver outras pessoas envolvidas. No depoimento das testemunhas, foi mencionado que o padre aliciava outras pessoas. Além de manter relações com essa vítima, ele pedia para que ela trouxesse outras amigas, para que todos tivessem relações sexuais em conjunto

Diante de todos esses elementos, os alvos investigados irão responder pelos crimes previstos no Art. 240 da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), que trata da omissão de assistência a crianças e adolescentes, com penas que variam de 6 meses a 3 anos de detenção, e Art. 218-B que trata do crime de estupro de vulnerável.

Além dos Art. 125 do Código Penal (CP), que trata do abortamento realizado por terceiro com pena de reclusão de 1 a 3 anos; e no Art. 147 que define o crime de ameaça combinado com a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06).

O infrator será encaminhado à audiência de custódia e ficará à disposição da Justiça.

Procurado

A PC-AM solicita a quem tiver informações sobre a localização do Francisco Rayner Barros Batista que entre em contato pelo número 181, disque-denúncia da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM). A identidade do denunciante será mantida em sigilo.

FOTOS: Erlon Rodrigues e Divulgação/PC-AM.

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