Lideranças indígenas debatem sobre mercado de carbono em Manaus 

Nesta terça-feira, dia 11 de julho, e quarta-feira, 12 de julho, das 8h às 18h, acontece em Manaus, na sede da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), um intercâmbio com o objetivo de promover o compartilhamento de experiências e conhecimentos sobre formação e capacitação em REDD+, mercado de carbono e salvaguardas socioambientais com representantes de povos indígenas e comunidades tradicionais dos nove estados da Amazônia Legal.  

O evento vai debater sobre o recorrente cenário de emergência climática e as iniciativas com o objetivo de combater os efeitos dessa crise, que conquistaram o protagonismo no debate sobre clima em uma esfera global. Países como China, México, África do Sul e Chile já adotaram mecanismos de precificação de carbono, visando o desenvolvimento de uma economia sustentável.  

O Brasil, por mais que ainda não disponha de um mercado de carbono regulado, possui algumas estratégias em implementação, como a construção de sistemas jurisdicionais de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), que tem sido adotada pelos governos dos estados da Amazônia brasileira, na maior floresta tropical do mundo.  

Para que essas ações tragam resultados efetivos, entretanto, é necessário o acompanhamento e ativa participação dos povos indígenas e comunidades tradicionais da região, garantido o respeito aos seus modos de vida, aspectos culturais e seus direitos territoriais. 

O evento na FAS compõe o projeto “Destravando e Alavancando o Desenvolvimento de Baixas Emissões”, iniciativa coordenada pela instituição, junto de outras seis organizações não governamentais e dez organizações indígenas, indigenistas e extrativistas, que em parceria com a Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCFTF) no Brasil e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), oferece apoio técnico aos governos estaduais da Amazônia Legal para o acesso ao mercado voluntário de carbono por meio do padrão ART/TREES, padrão que garante de forma transparente o registro, verificação e emissão de créditos de carbono com integridade socioambiental, além da construção coletiva das salvaguardas socioambientais. 

Os (as) participantes do intercâmbio fazem parte do Comitê Regional para Parcerias com os Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais do GCFTF e demais convidados e convidadas, além de representantes dos estados da Amazônia Legal e autoridades estaduais responsáveis pela temática indígena. 

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