Fábia Melo Barbosa de Oliveira, promotora do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), renunciou ao caso da cicloativista e artista venezuelana Julieta Hernandez. A alegação foi ser “suspeita por motivo de foro íntimo”. A manifestação foi juntada ao processo no último domingo, 30. Hernandes foi morta morta em 23 de dezembro, aos 39 anos. A família luta para que o caso seja tipificado como feminicídio.
Após investigações , o MP ofereceu denúncia contra os acusados Thiago Angles da Silva e Deliomara dos Anjos Santos por latrocínio, estupro e ocultação de cadáver.
Os acusados ainda não se tornaram réus, apesar de estarem presos.
A renuncia da promotora vem após grande grande pressão de entidades de direitos humanos e das mulheres , além de instituições envolvidas com o meio artístico, por Justiça pela morte da artista.
O Governo Federal, através de seus ministérios, entre eles, o das Mulheres, tem cobrado a resolução do caso, como resposta à sociedade.
Ativista e artista, Hernandes viajava por vários países de bicicleta. Em dezembro do ano passado, ela foi morta e seu corpo foi encontrado em uma mata, no dia 6 de janeiro, após diversas manifestações pós desaparecimento.
A arista foi estuprada, assassinada e teve seu corpo queimado por um casal, que confessou o crime. No depoimento, eles relataram que Deliomara flagrou Thiago violentando a artista e, com ciúmes, jogou álcool e ateou fogo nos dois.
Em seguida, o casal enterrou Hernandes em uma área de Mata. Não se sabe se ela foi enterrada ainda viva. O crime ocorreu em Presidente Figueiredo, a poucos quilômetros da capital, Manaus. Julieta seguia, à época, para o estado de Roraima. A violência com que o crime ocorreu chocou a sociedade e autoridades.
O MP ainda não designou um novo promotor para o caso.






