Pouco conhecida ou muitas vezes confundida com intolerância a glúten ou lactose, a doença celíaca é uma condição autoimune, na qual os sinais podem ser silenciosos e se manifestarem de outras formas, como fadiga intensa, anemia persistente, osteoporose precoce e, no caso das mulheres, até dificuldades para engravidar. O alerta é da gastroenterologista e professora de pós-graduação da Afya Educação Médica, em Manaus, Ananda Chaves.
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Segundo ela, esses sintomas, chamados de “extra intestinais”, são mais comuns do que se imagina e muitas vezes dificultam o diagnóstico. “Nem todos os pacientes celíacos apresentam sintomas gastrointestinais. Em alguns casos, a única queixa pode ser cansaço constante, unhas quebradiças, alterações hormonais ou queda de cabelo, por exemplo”, explica a especialista.
De acordo com Ananda Chaves, a doença celíaca é uma reação do sistema imunológico ao glúten, proteína presente no trigo, cevada e centeio. Quando consumido por pessoas com essa condição, o glúten causa inflamação no intestino delgado, prejudicando a absorção de nutrientes. A longo prazo, isso pode desencadear problemas como desnutrição, osteoporose, infertilidade e, em casos mais graves, até linfoma intestinal.
“A identificação da doença, em casos atípicos, exige atenção médica e exames específicos. O diagnóstico geralmente envolve testes sorológicos, biópsias do intestino e testes genéticos”, comenta a médica. A condição também pode ser confundida com outras doenças, como síndrome do intestino irritável, gastrite por Helicobacter pylori e doenças inflamatórias intestinais.
De acordo com a professora da Afya, apesar de a prevalência ser maior em crianças, adultos também podem ser diagnosticados com a doença celíaca. “É comum que a pessoa conviva com sintomas por muitos anos, sem imaginar que a causa seja uma reação ao glúten. Por isso, investigar é fundamental”, orienta.
O único tratamento para a doença celíaca é a retirada total do glúten da alimentação, o que exige acompanhamento especializado e mudanças no estilo de vida. Para quem apresenta sintomas persistentes, a recomendação é procurar um médico. “Com o diagnóstico precoce, é possível controlar a doença e evitar complicações futuras”, afirma a gastroenterologista.
A gastroenterologia, de acordo com a médica, desempenha um papel importante no diagnóstico e tratamento de pacientes com doença celíaca. Cabe ao profissional dessa especialidade acompanhar e fazer o manejo das necessidades do paciente.
Profissional – Em Manaus, a Afya Educação Médica mantém o curso de pós-graduação para especialização em Gastroenterologia. Conforme a diretora da Afya na capital amazonense, Suelen Falcão, a instituição conta com uma estrutura premium, com sete salas de aula, 18 ambulatórios e duas salas de pequenos procedimentos.
Para os médicos interessados em ingressar na especialidade, ainda há vagas. A matrícula e mais informações podem ser obtidas pelo número (92) 3042-0306/ 99222-1977 ou no site educacaomedica.afya.com.br .
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