A Amazônia Legal registrou o menor volume de queimadas dos últimos 15 anos para o acumulado dos oito primeiros meses, apontam dados da série história do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), instituição vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Foram 24.906 focos, entre janeiro e agosto deste ano, queda de 71% no comparativo com o mesmo período de 2024, quando foram contabilizadas 87.711 ocorrências.
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A Amazônia Legal é uma divisão político-geográfica que inclui nove estados brasileiros: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e a parte oeste do estado do Maranhão. Desses, apenas o Amapá apresentou aumento no volume de focos. O acréscimo foi de 20%, passando de 20 para 24 focos. Os demais apresentaram redução expressiva para o período.
A maior redução foi registrada pelos estados do Amazonas e Rondônia: 84%. No Amazonas, as ocorrências passaram de 15.235 para 2.340, entre 2024 e 2025. Em Rondônia, foram 6.605, no ano passado, e 999, neste ano.
Eles são seguidos pelo Pará (-82%), Roraima (-79%), Mato Grosso (-73%), Acre (-72%), Tocantins (-34%) e Maranhão (-21%).
Colaborou para a queda no número de incêndios florestais o inverno amazônico, cujas chuvas perduraram mais tempo que o habitual, em 2025. No chamado período sazonal, que inclui a cheia e a vazante da bacia amazônica, as chuvas têm maior intensidade ate julho, sendo seguidas pelo verão, com a descidas dos rios.
Em agosto, o volume de chuvas superou a média habitual, tendo como um dos principais fatores, as mudanças climáticas. Dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB) mostram que durante vários meses do ano, a exemplo de abril, as chuvas foram acima da média na bacia amazônica, especialmente, no Amazonas.
Biomas
Entre os biomas, o Pantanal foi o que apresentou maior recuo nos incêndios florestais, nos oito primeiros meses do ano: 98%. Em seguida vem a Amazônia, com redução de 78%; Mata Atlântica, com -44%; e Cerrado, com -42%. Apesar da redução, o bioma com o maior número de ocorrências foi o Cerrado, com 22.772.
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Os biomas Pampa e Caatinga obtiveram aumentos de 91% e 20%, respectivamente. No acumulado de todos os biomas, Brasil obteve uma queda de 62% nos registros de queimadas, no comparativo com 2024. Foram 45.731 focos ao todo, aponta o Inpe. Veja a tabela a seguir:
Imagens: Frame portal INPE / Canva – banco de imagens
