Por Ana Carolina Barbosa – do Amazônia Plural
A Amazônia apresentou aumento de 77% no volume de queimadas, de 1 de janeiro a 1 de agosto de 2024, no comparativo com o mesmo período do ano passado, passando de 14.395 para 25.548 focos, apontam dados captados por Satélite de Referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
É o maior volume desde 2005, quando foram contabilizados no bioma, 32.858 registros de queimadas, conforme série histórica do órgão, vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Entre os estados da Amazônia Legal, Roraima foi a que obteve o maior aumento percentual de focos de queimada no período: 263%, passando de 1.276 para 4.633 registro. Foi também o segundo estado brasileiro com a maior alta de ocorrências, perdendo apenas para Mato Grosso do Sul, que obteve acréscimo de 399%.
Em seguida estão Acre e Rondônia, com aumento de 164% (742 e 2.098 focos registrados, respectivamente); Amazonas, com um número de focos 107% maior que o do ano passado (5.123 no total); Pará, com 54% ocorrências a mais (5.441); Mato Grosso e Tocantins, com aumentos percentuais de 51 e 40% (11.430 e 5.576 ocorrências, respectivamente).
Amapá e Maranhão apresentaram reduções de 73% e 6% (8 e 4.775 focos, respectivamente).
Entre os biomas brasileiros, o monitoramento do INPE mostra que a Amazônia foi a que obteve o maior volume de queimadas entre 1 de janeiro e 1 de agosto deste ano. Já o maior percentual de aumento ocorreu no Pantanal: 1.593%, passando de 295 focos para 4.997. Apenas o Pampa teve queda nas ocorrências.
Veja o ranking na imagem do INPE:
Foto principal: Canva / banco de imagens