Advogados presos pela PF no Amazonas atuavam no núcleo estratégico e na comunicação do Comando Vermelho, apontam as investigações 

A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quinta-feira, 6, em Manaus, quatro advogados suspeitos de ligação com um núcleo jurídico e estratégico do Comando Vermelho (CV) no Amazonas, um dos principais estados da Amazônia Legal. Conforme o superintender da PF, delegado João Paulo Garrido, eles facilitavam a comunicação entre integrantes da facção e atuavam na divisão financeira, promovendo lavagem de dinheiro. 

Gederson Zuriel de Oliveira Menezes, Alisom Jogfer Tavares Canto de Amorim, Janai de Souza Almeida e Ramyde Washington Abel Caldeira Doce Cardozo, foram presos durante a Operação Roque, desencadeada pela manhã, em endereços residenciais e escritórios, suspeitos de atuarem na comunicação entre líderes da facção criminosa encarcerados em presídios do Estado, com membros foragidos e até com integrantes do CV de outros estados e países. 

As investigações apontam que os advogados são ligados ao traficante Alan Sérgio Batista, o Alan do Índio, conhecido como um dos principais ‘conselheiros’ do CV. Ele é considerado foragido da Justiça e estava entre os procurados na operação desencadeados no Rio de Janeiro, na última semana, que resultou em 123 mortos e mais de 60 presos. 

Leia também: Operação no Rio deixa dezenas de mortos e 56 presos

Os advogados utilizavam a prerrogativa da função para acessar os presídios e promover a transferência de informações, colaborando com as “ordens para pagamentos financeiros e movimentações do tráfico”, segundo o superintendente da PF no Amazonas. 

“Esse núcleo era responsável por transmitir ordens de lideranças do Amazonas, de outros estados e países. Os criminosos se articulavam por meio de trocas de mensagens e visitas a presídios para impactar em decisões estratégicas da facção Comando Vermelho e na divisão financeira”, afirmou o delegado. 

Os advogados foram levados à sede da PF no Amazonas, localizada no bairro Dom Pedro, zona Centro-Oeste, onde serão ouvidos em depoimento e ficarão à disposição das autoridades. 

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