Vereador de Manaus e assessores são presos por suspeita de “rachadinha” e associação criminosa

O vereador Rosinaldo Bual (Agir), aliado do prefeito David Almeida (Avante), e assessores foram presos preventivamente, na manhã nesta sexta-feira (3), em operação coordenada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Amazonas (MPAM). A ação investiga um esquema de “rachadinha” em seu gabinete na Câmara Municipal de Manaus (CMM), com a devolução de parte dos salários dos assessores, além de associação criminosa.

De acordo com o MPAM, foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão para desarticular uma organização criminosa que atuava na CMM.

Durante o cumprimento dos mandados, foram encontrados três cofres no gabinete, cujas senhas não foram fornecidas pelo parlamentar — os compartimentos serão levados à perícia. A investigação apura ainda se mais de 100 pessoas que ocuparam cargos no gabinete teriam atribuições fictícias, com os salários devolvidos ao vereador.

LEIA TAMBÉM: MPF institui Gaeco nacional de combate ao crime organizado

Autoridades obtiveram, por meio de decisão judicial, quebra de sigilo bancário, identificando transferências financeiras diretas para contas pessoais de Bual. Se comprovados os indícios, ele poderá responder por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, além de sofrer sanções previstas em casos de improbidade administrativa.


Atualização 

O diretor do Gaeco do MPAM, Leonardo Tupinambá, informou que foram cumpridos 19 mandados na operação Face Oculta, sendo dois de prisão e 17 de busca e apreensão. 

Além do vereador, a assessora Luzia Seixas Barbosa também foi detida. 

Os mandados foram cumpridos em três endereços, sendo a casa do parlamentar, a residência da mãe dele e um sítio também do vereador. 

Durante as buscas, três cofres foram apreendidos. O diretor do Gaeco informou que o vereador se recusou a dar as senhas e, por isso, o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBM-AM) foi acionado para arrobar as estruturas.

Dentro, foram localizados dois cheques, cujos valores somados ultrapassam meio milhão de reais, e uma grande quantidade em dinheiro, que ainda está sendo calculada com a ajuda de máquinas para contagem. 

A operação foi deflagrada após grande rotatividade no gabinete do vereador. Passaram por lá pelo menos 50 funcionários desde o início do mandato. 

As investigações do Gaeco apontam que parte dos salários era direcionada para cinco assessores que repassavam para o vereador. 

Alem do dinheiro, a polícia localizou na residência do vereador uma arma de fogo. Por isso, ele também responderá por posse ilegal de arma. 

Vereador de terceiro mandato, Rosinaldo anual e a assessora presa foram encaminhados ao 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP) para depoimento. 

Matéria atualizada às 11h, horário de Manaus.

Foto: assessoria parlamentar

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