O delegado Adriano Félix, titular da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD) da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), foi preso, na manhã desta quinta-feira (22), durante a Operação “Jeremias 22:17”, deflagrada pela Polícia Federal (PF). A ação ocorreu de forma simultânea em cinco estados: Amazonas, Roraima, São Paulo, Rio Grande do Sul e Bahia.
Ao todo, foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal em Roraima. Entre os presos estão, além de Adriano Félix, outros dois policiais do Amazonas e uma vereadora do município de Caracaraí (RR), além de um empresário.
De acordo com a PF, o grupo é investigado por envolvimento em crimes como sequestro, tortura e segurança clandestina. Também são apuradas suspeitas de realização de investigações paralelas e escolta privada de cargas, entre elas, minério extraído ilegalmente de terra indígena Yanomami.
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Figura conhecida da imprensa local por conceder entrevistas sobre operações da especializada, Adriano Félix é apontado como integrante do grupo criminoso investigado.
A investigação teve início após o sequestro de um homem em fevereiro de 2023, em Caracaraí, em RR. Conforme relato da PF, a vítima foi ameaçada e torturada com choques elétricos para revelar o destino de uma carga de cassiterita que transportava.
Os policiais do AM, Álvaro Tiburcio Steinheuser e Esmilton Freire dos Santos, também foram presos durante a operação. As diligências seguem ao longo do dia.
Veja a lista de presos na operação da PF:
- Adriano Félix Claudino da Silva – delegado da Polícia Civil no Amazonas;
- Álvaro Tibúrcio Steinheuser – policial civil no Amazonas;
- Edmilton Freire dos Santos – policial civil no Amazonas;
- Lidivan Santos dos Reis – empresário do ramo de venda de carro;
- Jan Elber Dantas Ferreira – policial militar em Roraima;
- Matheus Possebon – empresário do ramo artístico musical;
- Adriana Souza dos Santos – vereadora no município de Caracaraí, no interior de Roraima, e escrivã da Polícia Civil de Roraima.
As autoridades de segurança do Amazonas ainda não se manifestaram sobre o caso.
Foto: Erlon Rodrigues / PC






