Com a maior população entre as capitais do Norte, Manaus tem a menor cobertura na atenção primária em saúde

Manaus (AM) é a capital do Norte com a maior população, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): 2.279.686 habitantes. Apesar disso, é a que apresenta a menor cobertura percentual na atenção primária em saúde: 63,54%, conforme dados do Ministério da Saúde, atualizados em fevereiro de 2025. Esse nível de assistência é de responsabilidade da Prefeitura de Manaus, que, atualmente, é comandada pelo prefeito David Almeida.

LEIA TAMBÉM: Gestão David Almeida: cobertura da atenção primária em saúde caiu em 2025 e deixa 791 mil pessoas de fora, aponta MS

A capital com a maior cobertura é Boa Vista (RR), com 112,72% e uma população e 470.169 habitantes. Em janeiro de 2021, quando o prefeito da capital roraimense, Arthur Henrique, assumiu a Prefeitura, a cobertura era de 53,37%. Significa dizer que a abrangência mais que dobrou até fevereiro deste ano.

No caso de Boa Vista, capital de Roraima, a quantidade de equipes atualmente é capaz de abranger a população como um todo e suportar, inclusive, um aumento populacional. São 150 equipes disponibilizadas pela Prefeitura de Boa Vista.

Já em Manaus, em janeiro de 2021, quando David Almeida assumiu a Prefeitura para seu primeiro mandato, a cobertura da atenção primária era de 59,04%. A evolução foi inferior a 5% na gestão de Almeida.

Os dados do Ministério da Saúde mostram que Manaus dispõe de 357 equipes da Estratégia Saúde da Família, com capacidade para cobrir 1.489.663 pessoas, deixando de fora mais de 790 mil pessoas.

A Estratégia Saúde da Família (ESF) é uma política pública do Sistema Único de Saúde (SUS) que tem como objetivo reorganizar a atenção básica no Brasil, promovendo a prevenção de doenças, o cuidado contínuo e a melhoria da qualidade de vida da população. Para isso, forma equipes multiprofissionais compostas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde, que atuam diretamente nos territórios onde vivem os usuários. Essas equipes realizam visitas domiciliares, ações educativas, acompanhamentos e atendimentos em unidades de saúde, com foco na promoção da saúde e no fortalecimento do vínculo entre os profissionais e a comunidade.

Para especialistas em saúde, uma cobertura insuficiente mostra que nem toda a população tem acesso aos serviços de atenção básica oferecidos por essa política pública. Isso pode resultar em vários problemas, como dificuldade no acesso a consultas e acompanhamentos preventivos, aumento da demanda por atendimentos de urgência e emergência, piora nos indicadores de saúde (como aumento de doenças evitáveis e da mortalidade infantil), além de sobrecarga em outras áreas e níveis do sistema de saúde. A baixa cobertura compromete a prevenção, o diagnóstico precoce e o cuidado contínuo, afetando diretamente a qualidade de vida da população.

O Amazônia Plural solicitou à Semcom (Secretaria Municipal de Comunicação) dados sobre as medidas adotadas para ampliar o acesso à Atenção Primária e aguarda retorno.

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