O professor de jiu-jitsu Alcenor Alves Soeiro, 57, acusado por 19 alunos e ex-alunos de estupro de vulnerável, preferiu se manter em silêncio durante depoimento, na manhã desta terça-feira, 10, na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), zona Centro-Sul de Manaus.
Alcenor também é acusado de exploração sexual. Todas as denúncias envolvem alunos do sexo masculino, de 9 a 15 anos de idade.
Na manhã desta terça-feira, Alcenor foi encaminhado à delegacia e chegou em uma viatura da Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) acompanhado de agentes penitenciários.
A expectativa era de que ele depusesse hoje, mas, o acusado preferiu o silêncio. Em seguida, o advogado de Alcenor esteve com a titular da Depca, Juliana Tuma, para tratar do inquérito policial.
LEIA TAMBÉM: Sobe para 17 o número de denúncias de abuso sexual contra professor de Jiu-Jitsu do Amazonas
Alcenor foi preso no último dia 29, em Santa Catarina, quando participava de uma competição naquele estado. No dia seguinte, ele foi transferido para Manaus (AM) e remanejado para o Centro de Detenção Provisório Masculino, localizado na BR-174 (Manaus-Voa Vista).
As acusações contra o professor de artes marciais tiveram início a partir da denúncia de um ex-aluno, hoje adulto, abusado quando ainda era uma criança, há cerca de 20 anos, conforme os relatos.
Ele afirmou que Alcenor cometia os crimes, especialmente, quando eles estavam em outros estados, em viagem para competições. O aluno é, atualmente, campeão mundial da modalidade e revelou detalhes dos abusos em suas redes sociais, além de relatar os crimes à polícia.
Após a denúncia, outras acusações vieram à tona. O inquérito policial deve ser concluído esta semana. A denúncia será encaminhada à Justiça.