O número de denúncias de abuso sexual /estupro contra o professor de jiu-jitsu Alcenor Alves Soeiro, 57, passou de 12 para 17, informou a titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Juliana Tuma. Outras duas pessoas seriam ouvidas nesta quinta-feira, 5, podendo elevar esse número a 19. O primeiro caso de estupro contra um aluno adolescente ocorreu, conforme os relatos, há 20 anos, o que leva a polícia a acreditar que outras denúncias possam surgir no decorrer do inquérito policial.
Tuma destaca que ele deve ser indiciado por estupro de vulnerável e favorecimento à prostituição, uma vez que o professor oferecia presentes como quimonos aos alunos abusados, como forma de compensar as vítimas, em sua maioria crianças e adolescentes, pelo silêncio.
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Os abusos aconteciam em Manaus e também durante viagens com os alunos, para competir. Em entrevista a uma emissora de Tv local, uma das vítimas relatou que era dopada pelo treinador para que fosse abusada durante a noite.
Ele foi denunciado por um ex-aluno de 23 anos, atualmente campeão mundial de Jiu-Jitsu, vítima do treinador na fase infantil. Além de levar a denúncia à polícia, o que motivou os demais alunos a seguirem o exemplo, o ex-aluno relatou os abusos em uma rede social.
Alcenor foi preso no Sul do país, quando participava de uma competição esportiva, e chegou a Manaus esta semana. A polícia aguarda decisão da Justiça para ouvir o acusado, que está em um presídio do Estado.