Os gastos parciais de campanha do prefeito e candidato à reeleição, David Almeida (Avante), superaram em 60% a receita, segundo declaração entregue à Justiça Eleitoral, na última sexta-feira, 13. As despesas somaram R$ 6,39 milhões, enquanto que o volume arrecadado foi de R$ 3,97 milhões. David também foi o que apresentou o maior gasto na campanha entre os sete candidatos que disputam a Prefeitura de Manaus, aponta o DivulgaCand (sistema de candidaturas e contas eleitorais).
O limite previsto pela legislação para gastos de campanha é de R$ 13,283 milhões por candidato, no período que antecede o primeiro turno. Considerando esse dado, a campanha majoritária nesta etapa pode alcançar R$ 92,98 milhões em despesas na capital amazonense, já que sete nomes concorrem ao cargo.
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Além de David, o deputado federal Amom Mandel (Cidadania), também apresentou gastos superiores à receita. A arrecadação do postulante ao cargo foi de R$ 450.885, enquanto que as despesas somaram R$ 1,140 milhão, 152% maior.
No ranking dos candidatos à Prefeitura de Manaus, David Almeida ficou em primeiro, com R$ 1,6 milhão a mais em gastos que o segundo colocado, Roberto Cidade (UB), cujas despesas somaram R$ 4,79 milhões. Segundo as últimas pesquisas de intenções de votos, David e Cidade também são os nomes mais cotados para disputar o segundo turno na capital.
Conforme o DivulgaCand, a receita dos candidatos é composta por fundo eleitorais e doações de pessoas físicas.
De acordo com o calendário estipulado pelo Tribunal Superior eleitoral (TSE), partidos políticos, candidatas e candidatos precisavam apresentar as contas parciais de campanha até as 23h59 da última sexta-feira (13). A prestação deve conter informações sobre as movimentações financeiras e estimáveis efetuadas até 8 de setembro, identificar doadores e fornecedores, bem como detalhar receitas e despesas.
O que o TSE considera como gastos eleitorais
Entre as despesas sujeitas a registro e limites fixados pelo texto eleitoral, estão a confecção de material impresso; a propaganda e publicidade direta ou indireta por qualquer meio de divulgação; o aluguel de locais para atos de campanha; e o transporte ou deslocamento de candidato e pessoal a serviço das candidaturas.
Além dessas, estão no normativo despesas com correspondências e demais serviços postais; despesas de instalação, organização e funcionamento de comitês de campanha e serviços necessários às eleições; e a remuneração paga a quem preste serviço a candidatos ou partidos políticos.
Entram na lista ainda a montagem e a operação de carros de som; a realização de eventos destinados à promoção de candidatura; a produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à propaganda gratuita; e a realização de pesquisas.
Também são considerados gastos eleitorais os custos com a criação e a inclusão de páginas na internet e com o impulsionamento de conteúdos contratados diretamente de provedor da aplicação de internet com sede e foro no Brasil; as multas aplicadas, até as eleições, aos candidatos e partidos; a produção de jingles, vinhetas e slogans para propaganda eleitoral; e as doações para outros candidatos ou partidos.
*Com informações do TSE
Veja o ranking de gastos completo:
David Almeida (Avante): R$ 6,39 milhões (receita de R$ 3,97 milhões)
Roberto Cidade (UB): R$ 4,79 milhões (receita de R$ 8,09 milhões)
Alberto Neto (PL): R$ 1,53 milhão (receita de R$ 7,35 milhões)
Amom Mandel (Cidadania): R$ 1,14 milhão (receita R$ 450.885)
Marcelo Ramos (PT): R$ 819.192 (receita de R$ 1,99 milhão)
Wilker Barreto (Mobiliza): R$ 72.490 (receita de R$ 400.551)
Gilberto Vasconcelos (PSTU): R$ 43.900 (receita de R$ 61.300)