No poder há quase 12 anos, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi considerado reeleito pelo Conselho Eleitoral daquele País, com 51,21% dos votos. O adversário da oposição, o diplomata Edmundo González Urrutia, obteve 44,2%. As informações são da RTP e foram divulgadas pela Agência Brasil.
Várias autoridades questionam a legitimidade do processo eleitoral, após um atraso de seis horas na divulgação dos resultados. Países que acompanharam o pleito cobram transparência no processo.
A coligação de oposição Plataforma Democrática Unitária (PUD) denunciou a paralisação da transmissão dos resultados, pelo CNE, em uma “quantidade significativa” dos 15.767 centros de votação.
“Eu sou Nicolás Maduro Moros, o presidente reeleito da República Bolivariana da Venezuela. irei defender nossa democracia, a nossa Lei e o nosso povo”, disse Maduro.
Há alguns dias, ele afirmou que haveria um banho de sangue na Venezuela caso não fosse reeleito.
A autoridade eleitoral da Venezuela informou que com 80% das urnas apuradas, Madurou obteve mais de cinco milhões de votos, enquanto o principal adversário registrou cerca de 4,4 milhões.
Em países aliados como Cuba, Colômbia e Bolívia, a reeleição foi celebrada. Já os Estados Unidos, a União Europeia e parte dos países da América Latina, querem a lisura do processo.
Nesta segunda-feira, Estados Unidos, Argentina, Chile, Peru, Guatemala e Costa Rica emitiram comunicados rejeitando o resultado e pedindo transparência. O Japão também questionou a validade do pleito.
Não há manifestação oficial do Brasil até o momento.
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