Como parte das estratégias para combater as mudanças climáticas, os Estados Unidos (EUA) querem punir criminosos ambientais que contribuírem com o desmatamento na Amazônia Brasileira. A informação foi divulgada pela Reuters.
As sanções devem ser aplicadas a partir da Lei Magnitisky. A ideia é congelar os ativos dos infratores envolvidos na prática de desmatamento , impedindo que norte-americanos e empresas sediadas nos EUA, tenham que lidar com eles. O projeto está em fase de desenvolvimento pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, em parceria com os gabinetes de Assuntos Econômicos e Comerciais e de Oceanos e Assuntos Científicos e Ambientais Internacionais do Departamento de Estado.
O desmatamento na Amazônia tem constado, cada vez mais, nos debates globais e esteve presente em agendas importantes desenvolvidas ao longo da COP27, este mês. Nos últimos anos, dados de fontes oficiais, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), mostraram um aumento significativo nas áreas desmatadas, registrando recordes com base na série histórica do órgão, que realiza o monitoramento da região através de satélites de referência.
O Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), apontou, em um de seus relatórios mais recentes, que o desmatamento registrado entre janeiro e outubro deste ano, na Amazônia, alcançou a impressionante marca de 9.696 quilômetros quadrados. A extensão equivale a mais de seis cidades de São Paulo.
Ainda segundo o Imazon, foi a segunda pior marca dos últimos 15 anos, perdendo apenas para o Mesmo período de 2021. O aumento no desmatamento na região amazônica tem sido atribuído, entre outros fatores, ao desmonte promovido pelo atual governo do presidente Jair Bolsonaro, em órgãos de fiscalização, como o Ibama (Instituto de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), facilitando a ação de criminosos.