Governo Bolsonaro reduziu em R$ 73,6 milhões repasses para a saúde ao Amazonas em 2022
*Ana Carolina Barbosa – da Redação
No último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), os repasses via Fundo Nacional de Saúde (FNS) ao Amazonas, foram reduzidos em R$ 73,8 milhões, no comparativo com 2021. A queda foi de 11,3%.
De acordo com o FNS, em 2021, foram repassados ao Fundo Estadual de Saúde (FES), R$ 649,95 milhões. No ano seguinte, o valor caiu para R$ 576,27 milhões.
Os valores são destinados à manutenção e custeio de ações e serviços públicos de saúde. Entre as áreas citadas, estão: assistência farmacêutica, atenção de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar, atenção primária e vigilância em saúde, além da atenção especializada.
Impactou na redução do valor total bruto transferido em 2022, a exclusão do recurso destinado, em 2021, às ações de combate à pandemia, que somou R$ 26,49 milhões, sendo R$ 999.989 para a estruturação da rede de serviços públicos e R$ 25,49 milhões para a manutenção de ações em saúde.
Além disso, áreas importantes, como a de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar, que concentra, por exemplo, serviços médicos especializados e procedimentos como cirurgias, entre outros, também amargaram queda nos repasses. Em 2021, as ações receberam do Governo Federal, a partir do Ministério da Saúde, um apoio financeiro bruto de R$ 597,12 milhões. No ano seguinte, o valor passou para R$ 547,64, ou, R$ 49,48 milhões a menos.
Para a Vigilância em Saúde, foram destinados, em 2021, R$ 17,61 milhões. No ano seguinte, R$ 16,41 milhões. O setor é responsável, por exemplo, por traçar as ações de controle e combate à pandemia da Covid-19.
A atenção especializada também sofreu impacto financeiro, recebendo aporte de R$ 6,24 milhões, em 2021, e R$ 3,22 milhões no ano seguinte. Foi uma das áreas com a maior redução, chegando a 48,3%.
A atenção especializada é desenvolvida a partir de equipamentos médico-hospitalares e equipe multidisciplinar especializada, como médicos, dentistas, fisioterapeutas, psicólogos, entre outros, atuando diretamente na alta complexidade e dependendo, geralmente, de suporte de recursos tecnológicos, insumos e medicamentos de alto custo.
